A presidente Dilma Rousseff em encontro no Palácio do Planalto com o presidente da Renault-Nissan, Carlos Ghosn (primeiro à esq.), o ministro Aloizio Mercadante e o governador do Rio, Sérgio Cabral
Presidente da empresa se reuniu com presidente da República em Brasília.
Ele anunciará investimento para ampliação no Paraná e nova fábrica no Rio.
O presidente mundial da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, disse neste sábado (1º) que a empresa quer dobrar a sua participação no mercado brasileiro até 2016.
Ghosn se reuniu pela manhã com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília, antes do embarque da presidente para a Europa, onde ela participará da cúpula Brasil-União Europeia e visitará parentes na Bulgária.
O executivo da Renault-Nissan foi ao Planalto para tratar de investimentos que a empresa vai fazer na ampliação de sua fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná, e na construção de uma nova planta, em Resende, no Rio de Janeiro.
Ele não quis adiantar o valor do investimento que será feito no Paraná e no Rio de Janeiro nem quantos empregos novos serão criados. Esses dados, segundo afirmou, serão divulgados em cerimônias na próxima semana.
De acordo com Ghosn, a aliança Renault-Nissan detém atualmente 6,5% do mercado automotivo brasileiro, percentual que está abaixo da sua participação no mundo (10%). O objetivo da empresa é superar 13% do mercado nacional até 2016, sendo 8% para a Renault.
IPI
O anúncio dos novos investimentos da empresa ocorrerá pouco tempo depois da decisão do governo, anunciada em setembro, de aumentar em 30 pontos percentuais a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos importados e dos que não têm 65% das peças produzidas no Brasil ou no Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).
Segundo Ghosn, a decisão do governo é um incentivo para que as montadoras invistam no país.
O presidente da Renault/Nissan disse que considera “totalmente razoável” a exigência feita pelo governo brasileiro de ao menos 65% de conteúdo nacional nos carros para conseguir incentivos. Segundo ele, em países como a China, essa obrigação chega a 90%.
Ghosn comentou ainda o preço dos carros vendidos no Brasil, considerado alto. Para ele, contribuem hoje para o custo alto dos veículos a carga de impostos sobre o produto e também o preço cobrado pelos fornecedores de autopeças.
“"Precisamos de mais concorrência entre os fornecedores para permitir que os preços diminuam”", afirmou.
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