Cerca de US$ 2,9 bilhões (R$ 4,6 bilhões) em depósitos desapareceram do fundo soberano da Líbia, disse nesta sexta-feira o líder do Conselho Nacional de Transição líbio (CNT), Mahmoud Badi.
Segundo Badi, as investigações apontam 'uso indevido, desvio e má gestão do fundo', gerido pela Autoridade Líbia de Investimentos.
O fundo, estabelecido em 2006 por Saif-al-Islam, filho do coronel Muamar Khadafi, concentra investimentos na ordem de US$ 70 bilhões (R$ 112 bilhões).
A Autoridade Líbia de Investimentos tem várias aplicações no exterior, como ativos do banco italiano UniCredit, além de participação no clube de futebol italiano Juventus.
O fundo líbio também tem participação no grupo Pearson, controlado do jornal britânico Financial Times.
Badi disse que o CNT vai 'utilizar todos os meios disponíveis e contatar todas as instituições com ligações com o fundo'.
Mais cedo, Ahmed Jehani, chefe da Equipe de Estabilização da Líbia, que faz parte do CNT, disse que a reconstrução da infraestrutura do país deve levar pelo menos dez anos.
Segundo ele, a infraestrutura do país estava em condições deploráveis já antes do início do conflito, devido à 'negligência'.
De Benghazi para Trípoli
O Conselho de Transição, baseado originalmente em Benghazi, anunciou que metade de seus integrantes já estão em Trípoli, onde ainda há bolsões de resistência do regime.
Segundo membros do CNT, as autoridades rebeldes se estabeleceram nos arredores da capital. O chefe do Conselho disse, no entanto, que figuras-chave do movimento rebelde ainda permanecem em Benghazi por questões de segurança.
Os rebeldes também prosseguem seu esforço para liberar mais investimentos líbios congelados em contas bancárias no exterior, bem como na busca de reconhecimento oficial.
Na quinta-feira, a ONU fechou um acordo para liberar US$ 1,5 bilhão em ativos congelados do governo líbio para atender necessidades humanitárias urgentes.
O dinheiro havia sido congelado por sanções da própria ONU contra o regime de Khadafi.
A Itália anunciou que irá liberar mais de US$ 500 milhões em ativos congelados do regime líbio para ajudar o Conselho.
Fontes do governo da Suíça e dos Estados Unidos disseram que fundos líbios serão liberados em breve. A Turquia também anunciou ajuda ao governo rebelde.
Nesta sexta-feira, a Alemanha anunciou a liberação de um empréstimo ao Conselho no valor de 100 milhões de euros.
Outro líder do CNT, Mahmoud Jibril, disse que os rebeldes poderão enfrentar uma crise de legitimidade se os bens líbios que estão congelados não forem liberados logo.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Furacão 'Irene' ameaça EUA
Seis Estados dos EUA (da Carolina do Norte a Nova York) declararam emergência por causa do furacão 'Irene', que se aproxima da costa leste do país após passagem pelo Caribe
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Governo baixa juros do microcrédito e quer liberar mais empréstimos
Com equalização, taxa deve cair de 60% para 8% ao ano, diz Fazenda.
Expectativa do governo é de emprestar R$ 3 bilhões até o fim de 2013.
O Ministério da Fazenda informou nesta quarta-feira (24) que vai baixar a taxa de juros do chamado microcrédito produtivo de 60% para 8% ao ano, uma queda de 86%, que será implementada por meio de subvenções aos clientes. "Será a menor taxa de juros do mercado", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
De acordo com o governo, o Tesouro Nacional irá equalizar os juros (pagar a diferença entre os juros de mercado e as taxas cobradas do tomador do microcrédito), destinando R$ 500 milhões por ano para estas operações de equalização.
Ao mesmo tempo, a taxa de abertura do crédito (TAC) passará de 3% do valor financiado para 1% do valor do crédito, informou o governo. Também serão dispensadas as garantias nestas operações, acrescentou o ministro Guido Mantega. Todas estas mudanças deverão estar implementadas dentro de 30 dias, informou o governo.
Quem pode buscar o crédito
Segundo o ministro da Fazenda, o microcrédito é destinado ao empreendedor com renda bruta anual até R$ 120 mil [limite não foi alterado]. Ele explicou que o crédito serve para a microempresa, ou para o empreendedor individual, limitado a R$ 15 mil para capital de giro ou investimento. De acodo com Mantega, apesar de a bancarização do segmento mais pobre da população ter aumentado nos últimos anos, eles ainda não têm acesso ao crédito.
"O objetivo do programa é elevar o padrão de vida da população mais pobre e gerar empregos neste segmento da população. É uma população que, se tiver acesso a um pequeno volume de crédito, vai poder ampliar a renda. É a costureira que compra uma nova máquina, ou o pipoqueiro que compra novo carrinho. Dessa maneira, vamos dar oportunidade de realização de novos negócios, estimulando o empreendedorismo", disse o ministro. Para Mantega, o programa do microcrédito produtivo pode fornecer a "porta de saída" para os vários programas sociais do governo federal.
Novos clientes
A expectativa do governo federal é de que 734 mil novos empreendedores individuais, ou microempreendedores, busquem o microcrédito neste ano por conta das novas regras. Em 2012, disse Mantega, a estimativa do governo é de a marca de novos clientes chegue a 2,2 milhões, volume que deve subir para 3,46 milhões de novos tomadores no fim de 2013, informou o ministro da Fazenda.
Volume de crédito
O governo também informou que pretende estimular a concessão de empréstimos por meio do programa do microcrédito produtivo. O Ministério da Fazenda lembrou que 2% de todos os depósitos à vista têm de ser aplicados pelos bancos no microcrédito, senão os recursos são recolhidos ao Banco Central sem remuneração. É a chamada "exigibilidade" do microcrédito.
Entretanto, dados do Banco Central mostram que os bancos privados, muitas vezes, preferem não emprestar estes recursos. Dos mais de R$ 3 bilhões que deveriam ter sido aplicados em julho deste ano no microcrédito, por exemplo, somente R$ 2,5 bilhões foram de fato emprestados. Cerca de R$ 1 bilhão foram recolhidos ao BC sem remuneração. Segundo o governo, o BB aplica toda sua "exigibilidade" em empréstimos, enquanto a Caixa chega próxima de seu limite.
O governo informou que pretende destinar mais R$ 3 bilhões ao microcrédito produtivo até o fim de 2013. Diante das dificuldades identificadas nos empréstimos feitos pelos bancos privados, devido ao descumprimento da exigibilidade de 2% dos depósitos a vista exigida, os bancos públicos (Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia) vão liderar as liberações. Somente o BB informou que pretende emprestar R$ 1,4 bilhão até o fim de 2013.
Dilma diz que 'faxina' em ministérios não é 'meta de governo'
Presidente voltou a dizer que a 'faxina' do governo é contra a pobreza.
Segundo ela, não se demite todos os dias. 'Isso não é Roma Antiga.
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (24), após cerimônia no Palácio do Planalto, que fazer “faxina” em ministérios envolvidos em denúncias de corrupção não é “meta” do atual governo.
“Acho que combate-se o malfeito. Não se faz disso meta de governo. Faxina no meu governo é faxina contra a pobreza. É isso que é a faxina. O resto são ossos do ofício da Presidência. Se houver algum malfeito, eu tomarei providências”, afirmou.
Questionada se poderia demitir ministros nas próximas semanas, a presidente afirmou: “Não é adequada essa pauta de demissões. Não se demite nem se faz escala de demissão nem sequer demissão todos os dias. Isso não é Roma Antiga”, declarou – na Roma Antiga, segundo relatos históricos, cristãos eram lançados aos leões em espetáculos para romanos no anfiteatro Coliseu.
saiba mais
'Verdadeira faxina' é contra a miséria, afirma Dilma em São Paulo
Dilma disse considerar “inadequado” usar o termo “faxina” para classificar as demissões de ministros no atual governo.
“Eu não sei de onde saem as informações de vocês, mas tanto a forma como colocam a política do meu governo contra malfeitos, chamando-a de faxina, eu não concordo com isso”, disse.
Desde o início do mandato de Dilma, em janeiro, quatro ministros deixaram o governo: Antonio Palocci, da Casa Civil; Alfredo Nascimento, do Ministério dos Transportes;Nelson Jobim, do Ministério da Defesa; e Wagner Rossi, do Ministério da Agricultura. Os últimos três pediram demissão após denúncias de corrupção nos ministérios.
A presidente também fez uma defesa enfática do respeito à “presunção de inocência” e disse que já passou pela experiência de ser acusada antecipadamente.
“É importantíssimo respeitar a dignidade das pessoas, não submetê-las a condições ultrajantes. E eu sei disso porque já passei por isso”, disse.
Segundo Dilma, o maior objetivo do atual governo é fazer o país crescer. “O centro do meu governo é fazer o país crescer, combater a pobreza. O resto é tomar providência contra malfeito, é obrigação como presidenta.
Segundo ela, não se demite todos os dias. 'Isso não é Roma Antiga.
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (24), após cerimônia no Palácio do Planalto, que fazer “faxina” em ministérios envolvidos em denúncias de corrupção não é “meta” do atual governo.
“Acho que combate-se o malfeito. Não se faz disso meta de governo. Faxina no meu governo é faxina contra a pobreza. É isso que é a faxina. O resto são ossos do ofício da Presidência. Se houver algum malfeito, eu tomarei providências”, afirmou.
Questionada se poderia demitir ministros nas próximas semanas, a presidente afirmou: “Não é adequada essa pauta de demissões. Não se demite nem se faz escala de demissão nem sequer demissão todos os dias. Isso não é Roma Antiga”, declarou – na Roma Antiga, segundo relatos históricos, cristãos eram lançados aos leões em espetáculos para romanos no anfiteatro Coliseu.
saiba mais
'Verdadeira faxina' é contra a miséria, afirma Dilma em São Paulo
Dilma disse considerar “inadequado” usar o termo “faxina” para classificar as demissões de ministros no atual governo.
“Eu não sei de onde saem as informações de vocês, mas tanto a forma como colocam a política do meu governo contra malfeitos, chamando-a de faxina, eu não concordo com isso”, disse.
Desde o início do mandato de Dilma, em janeiro, quatro ministros deixaram o governo: Antonio Palocci, da Casa Civil; Alfredo Nascimento, do Ministério dos Transportes;Nelson Jobim, do Ministério da Defesa; e Wagner Rossi, do Ministério da Agricultura. Os últimos três pediram demissão após denúncias de corrupção nos ministérios.
A presidente também fez uma defesa enfática do respeito à “presunção de inocência” e disse que já passou pela experiência de ser acusada antecipadamente.
“É importantíssimo respeitar a dignidade das pessoas, não submetê-las a condições ultrajantes. E eu sei disso porque já passei por isso”, disse.
Segundo Dilma, o maior objetivo do atual governo é fazer o país crescer. “O centro do meu governo é fazer o país crescer, combater a pobreza. O resto é tomar providência contra malfeito, é obrigação como presidenta.
Assinar:
Postagens (Atom)