sexta-feira, 13 de maio de 2011
Petrobras registra lucro de R$ 10,9 bi no 1º trimestre
A Petrobras fechou o primeiro trimestre de 2011 com um lucro líquido de R$ 10,985 bilhões. O valor é o maior já registrado pela companhia em um trimestre e representa uma alta de 42% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o lucro líquido ficou em R$ 7,726 bilhões.
A receita líquida da companhia entre janeiro e março alcançou R$ 54,8 bilhões, alta de 8,7% em igual comparação, impulsionada pelo aumento da produção e da cotação do petróleo no período.
Segundo a Petrobras, quatro fatores foram determinantes para a obtenção do lucro recorde: o aumento do preço do petróleo nacional em 29%, o aumento da produção de 4% de petróleo, LGN e gás natural, o início das operações piloto de Lula e Marlim Sul e os testes de longa duração de Tiro, Sidon e Guará.
Também pesou a favor da Petrobras a elevação das vendas de gás natural, que foram impulsionadas pelo crescimento industrial e pela maior demanda por geração de energia. A desvalorização do real em relação ao dólar trouxe um saldo positivo para a companhia de R$ 2,723 bilhões. Com a capitalização realizada no ano passado, a empresa também teve bons resultados em suas aplicações financeiras e títulos públicos federais.
Mais importação que exportação
A balança comercial da Petrobras saiu do positivo para o negativo no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo foi negativo em 38 mil barris por dia, ante um saldo positivo de 126 mil barris por dia nos três primeiros meses de 2010.
O volume de derivados importados atingiu 684 mil barris por dia (bpd) nos três primeiros meses de 2011, ante 621 mil bpd no mesmo período do ano passado, um aumento de 10%. Já o volume exportado foi de 646 mil bpd, ante 747 mil bpd no primeiro trimestre de 2010, queda de 14%. Em relação ao quarto trimestre de 2010, houve aumento de 49% das importações e queda de 2% nas exportações.
De acordo com a Petrobras, no primeiro trimestre de 2011, houve aumento na importação de petróleo devido à necessidade de recomposição de estoque e também de processamento de uma cesta de óleo mais leve na Replan, devido à parada de um duto que escoa a produção de óleos mais "pesados", como óleo combustível e gasóleo. Além disso, as importações de derivados aumentaram 2% no período como reflexo do crescimento na demanda, com destaque para o óleo diesel. Segundo a estatal o saldo financeiro ficou negativo em US$ 656 milhões.
Produção maior
A produção total de óleo e gás natural da Petrobras somou 2,627 milhões de barris diários no primeiro trimestre de 2011. O montante representa aumento de 3,1% na comparação com o mesmo período de 2010. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, quando a produção foi de 2,628 milhões de barris, o indicador ficou praticamente estável.
Se considerada apenas a produção nacional, o indicador teve elevação de 4% entre janeiro e março, ante o mesmo intervalo de 2010, somando 2,385 milhões de barris diários. Na comparação com o quarto trimestre, o desempenho interno ficou estável, com 2,384 milhões de barris.
No exterior, a produção total da companhia brasileira foi de 242 mil barris por dia no primeiro trimestre deste ano, ante 245 mil barris do primeiro trimestre de 2010 e de 244 mil barris diários do quarto trimestre do ano passado.
Investimentos
A Empresa Brasileira de Petróleo investiu menos neste primeiro trimestre, foram R$ 15,87 bilhões, 11% a menos que aporte feito no mesmo período de 2010. Segundo a empresa, os investimentos tiveram foco na área de Exploração e Produção, que recebeu R$ 7,196 bilhões, Os recursos destinados à área de Abastecimento somaram R$ 5,845 bilhões.
Na área de Gás e Energia os investimentos recuaram de R$ 1,629 bilhão no primeiro trimestre de 2010 para R$ 917 milhões no primeiro trimestre de 2011, em razão da consolidação de grandes projetos na malha de gasodutos ocorrida em 2010. A área de distribuição ficou com investimentos de R$ 235 milhões, crescimento de 103% em relação ao mesmo período no ano passado. Em biocombustíveis foram investidos R$ 219 milhões.
Custo de extração
O custo de extração de petróleo (lifting cost) da Petrobras no Brasil foi de US$ 11,38 por barril no primeiro trimestre de 2011, uma alta de 10,6% em relação aos US$ 10,29 por barril apurados pela estatal no quarto trimestre de 2010. O indicador desconsidera as participações governamentais. Incluindo as taxas pagas ao governo, como royalties e participações especiais, o custo de extração subiu 19,2%, para US$ 30,48 por barril.
Endividamento
A alavancagem líquida da Petrobras, ou seja, a relação entre o endividamento líquido e o patrimônio líquido, ficou em 17% no primeiro trimestre de 2011. O resultado representa estabilidade em relação ao quarto trimestre do ano passado. Após se aproximar de 35% no ano passado, antes da capitalização realizada pela estatal, o indicador caiu para 16% no final do terceiro trimestre de 2010 e desde então tem apresentado pouca oscilação.
A dívida bruta da Petrobras ao final do primeiro trimestre deste ano alcançou R$ 128,999 bilhões, expansão de 9,3% sobre o saldo do final do ano passado. O volume de recursos em caixa saltou 42,9% em igual comparação, para R$ 43,345 bilhões. O volume de disponibilidades ajustadas, que incluem títulos públicos federais, cresceram 12,7% em igual comparação, para R$ 62,935 bilhões.
Graças ao incremento do caixa da companhia, a dívida líquida da estatal ao final do trimestre estava em R$ 66,064 bilhões, acréscimo de 6,4% ante o saldo de dezembro. A relação entre dívida líquida e Ebitda da Petrobras no encerramento do primeiro trimestre ficou em 1,03 vez, estável em relação ao quarto trimestre de 2010.
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